
Com prazo de validade perto do vencimento, a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) paraveículos será prorrogada, a partir do dia 1º de julho, de forma progressiva, segundo fonte próxima das negociações entre a equipe econômica do governo, empresários e sindicalistas. A medida está assegurada para os veículos populares e de porte médio até dezembro deste ano, embora o valor da alíquota deva ser alterado durante este período.
Técnicos do Ministério da Fazenda propõem a redução progressiva da isenção do imposto como forma de manter o consumo de novos automóveis ao longo de julho, mas com percentuais reduzidos de agosto em diante. Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que irá mediar a questão na próxima semana, mantiver as tarifas atuais, as vendas de carros novos tendem a crescer no mês que vem, mas em agosto, o valor do IPI cobrado seria maior e assim por diante, até a cobrança total, a partir de janeiro de 2010.
O que interessa para o presidente Lula, segundo a fonte, é manter o ritmo de crescimento da economia para que este ano o Produto Interno Bruto (PIB) feche no campo positivo. A obsessão de Lula pelo desenvolvimento estaria ligado diretamente aos seus interesse eleitorais na campanha sucessória do ano que vem, principalmente junto à sua base política nos sindicatos da indústria automobilística, que emprega muitos, durante muito tempo e em uma longa cadeia produtiva que, uma vem quebrada, significa demissões em massa por todo o país.
Entre outubro e novembro do ano passado, a venda de automóveis despencou 26% com o agravamento da crise capitalista mundial. Para recuperar o setor e o volume de negociações, o governo reduziu o IPI sobre os veículos em novembro do ano passado e, em abril, prorrogou a medida até o dia 30 deste mês.
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